quinta-feira, 18 de junho de 2009

Parte do Projeto de Monografia

Com a revolução sexual algumas mudanças aconteceram. As mulheres queimaram os sutiens e se disseram livres do julgamento machista, discursaram contra a sociedade falocrática e, conseqüentemente, contra a submissão feminina. Conquistaram voz política; com a difusão da pílula anticoncepcional possibilitou uma liberalidade nas condutas sexuais, desvinculou a figura feminina dos papéis exclusivos de mães e esposas. As mulheres saíram de casa e foram para o mercado de trabalho, subiram até os altos postos e concorrem diretamente com os homens.

Entretanto, a sexualidade feminina e o uso que a mulher faz do seu corpo não teve a liberdade tão reivindicada. Mesmo sabendo que mudanças sociais e morais aconteceram frente às mudanças sociais e econômicas das mulheres, estas não obtiveram o patamar de igualdade ovacionado, principalmente nas questões relativas ao uso da sexualidade, e produziu um outro viés de condutas femininas, ligadas a uma moral feminista, falo de correntes anti-sexo, que estigmatiza a sexualidade feminina tanto quanto o machismo, levando em consideração o modo como vêem o uso do corpo e a exposição da sexualidade. O discurso feminista não acabou por criar outras formas de repressão sexual?

O discurso feminista, em muitos momentos, pode acabar aprisionando a sexualidade tanto quanto o machismo, porque também impõe rígidas regras de conduta para a mulher. Não dançar músicas que tragam nas suas letras forte conotação sexual, que tratem da sexualidade de forma aberta, que fale de sexo com ou sem metáforas. A sexualidade feminina não deve ser exposta em lugares públicos através do rebolado dos quadris. Neste discurso, o comportamento feminino ligado à exploração da beleza ou que remeta a uma “sexualidade” do corpo ou a exibição do mesmo não deve ser valorizado. Todas essas formas de expressão da sexualidade seriam interditadas, pois seria resultado de uma “objetificação” da mulher. A mulher que se sujeitasse a tal comportamento é então muito comumente classificada como “alienada”, “vitimizada”, ou “machista”.

Um comentário:

  1. E aí, torcendo pra essa monografia sair!

    Metendo o bedelho: Tem uns dois ou três errinhos gramaticais aí e um parágrafo muito longo e um pouquinho confuso.
    Além disso, acho que deve-se sempre fazer a crítica a UM discurso feminista, e não a O discurso feminista. Afinal, seu próprio discurso é feminista também! :D

    No mais, o tema é importantíssimo e belíssimo. E foi percebido por sua "intuição sociológica" de forma brilhante.

    No que eu puder ajudar, conte comigo. Aliás, nisso e em qualquer coisa...

    BEIJÃO!

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