terça-feira, 28 de junho de 2011

Inquietações – Qual é a pergunta?

Há um três anos atrás terminei a licenciatura em Ciências Sociais e um desejo de continuar na faculdade e fazer pesquisa sobre a sexualidade feminina começou a tornar-se mais forte, não apenas pelas possibilidades que o bacharelado trás na vida profissional de um Cientista Social, mas, sobretudo para responder inquietações que sempre estiveram latentes dentro de mim.

As inquietações giraram em torna da sexualidade feminina e da sua visibilidade. Como assim? Somos seres sexuais mas não podemos demonstrar isso, só podemos representar candura, doçura, fragilidade; emoções – não sexuais.  O que acontece com uma menina/mulher que demonstra sua sexualidade, suas vontades e seus desejos? É imediatamente taxada; ou de Puta ou de Alienada – que se submete totalmente as vontades masculinas.

Por que a visibilidade da sexualidade feminina incomoda as pessoas? Por que fazemos julgamentos baseados na exposição de um corpo feminino ou de uma forma de dançar? Por que as mulheres não podem gostar de exibir o remelexo do corpo? Por que a visibilidade da sexualidade é encarada de forma negativa?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

 Há um ano li um livro que me foi presenteado por um amigo. O livro Terapia da Coleção Plenos Pecados – Avareza; naquele momento o livro foi indispensável para perceber o quão dona das minhas escolhas eu tinha sido até aquele momento. Não para falar das frustrações. Só uma leitura que fica latente na minha cabeça...

terça-feira, 17 de maio de 2011

A idéia do livro

Há um tempo atrás disse a uma amiga que escreveria um livro para as mulheres que ficam sofrendo, amarrando um luto "eterno" com o fim de um relacionamento. O livro, propriamente dito, não saiu mas saiu essa besteira aí abaixo, o que seria uma introdução: 


É sempre a mesma coisa, toda vez que uma mulher leva um pé na bunda a primeira coisa que faz é ligar para a melhor amiga chorando e dizendo: “Acabou amiga, ele acabou tudo comigo, e agora o que vai ser de mim? O que vou fazer sem ele? ....”
Eu sei, o chão se abre e vamos parar no fundo do poço, quem nunca passou por uma situação dessas de sentir-se desnorteada?  É momento de recomeçar, arrumar novos lugares pra sair, dormir sem dar boa noite à alguém, não ter  programação quase certo nos finais de semana, nos feriados, nas férias; não ter milhares de eventos familiares e o pior: não ter o denguinho de domingo de tarde.
Passar muito tempo fora do “mercado” leva a perda de toda a artimanha do da paquera, das saídas sozinhas, dos flertes desmedidos. É necessário reaprender e isso exige empenho. Diante de toda essa conjuntura, de esforço e aplicação, muitas acham melhor (e mais fácil) empreender na tentativa de reconquistar o bofe (lê-se ex), afinal ele já conhece, sabe os pontos certos, conhece os gostos, os desgostos, as manias, por fim, dá muito trabalho começar do zero.
No entanto, o que acaba acontecendo? Na maioria das vezes os homens gostam de se sentirem donos do pedaço e acharem que estão no comando  e reforçando a sua “natureza”, iniciam o jogo de morde a assopra, ou seja, pisam, desmerecem, usam, iludem e nós mulheres, nos envolvemos nesse joguinho, justificando tudo em nome do AMOR. No fundo, sabemos só que é o habito da convivência, o medo da mudança, a inabilidade pra paquera, um medo de doar-se novamente ao mundo.
Caras Amigas, deixem esses lixos irem embora de vez e descubram que existe muita vida após o termino de uma relação, por isso: PARE DE SOFRER E VIRE PIRIGUETE!!!!    

quinta-feira, 17 de março de 2011

No dia 08 de Março, dia Internacional das Mulheres, me perguntei o que há para se comemorar, e não encontrei. Não encontrei algo substancial para dizer: “isso sim é uma vitória!”. Só quem é mulher sabe os processos de afirmação e negação diários que temos que passar. Afirmação para mostrar a capacidade que sempre foi duvidada e Negação de atitudes degradantes. (Falar sobre mulher para mim sempre foi, e será, muito difícil, mesmo sendo um tema de interesse acadêmico – talvez por mexer tanto comigo ao ponto de me fazer ficar adiando a escrita da monografia.)

Mas hoje, passada uma semana da data comemorativa, tenho frieza para reconhecer que as vitórias estão aí, e são justamente as vitórias diárias que nos dão a firmeza para continuar na briga por questões mais sérias; como a inserção em espaços de poder. É o dia-a-dia que dá fôlego para alçar novos voos.

Lendo um texto compartilhado por Mari no facebook, e o texto referenciado, publicado no Estadão, surgiram alguns questinamentos.

Desculpem-me as feministas de plantão, mas discordei de uma serie de coisas. Não sou a pessoa mais bem inteirada sobre a questão feminista contudo tenho me empenhado em estudar um pouco mais a historia do movimento, e muito das minhas discordâncias estão fundamentadas nestes estudo pré-eliminares. (O que é Feminismo e A Breve Historia do Feminismo no Brasil).



Primeiro: não podemos dizer que os desafios mudaram, eles continuam, basicamente, os mesmos desde o inicio do movimento: equiparação salarial, luta por creches, violência domestica, ABORTO, etc...

Segundo: Por que prostituta não pode gostar de ser prostituta? Só por que aluga o corpo? Se eu já pensava isso depois que li a Autobiografia de Gabriela Leite: Filha, Mãe, Avó e Puta, tenho hoje subsídios para aprofundar minha hipótese – mas isso é assunto para outro post. Acho problema se tem uma outra pessoa explorando o trabalhado dela, como acho em qualquer outro emprego onde exista mais valia.

E concordo num ponto: que temos que esquecer essa historia de ficarmos parecidas com os homens pelo contrario temos que ser respeitadas pelas diferenças por isso que muitas vezes acho impositivo que as mulheres tenham que ocupar espaços de decisão, é necessário antes de tudo que elas queiram estar lá. Por isso discordo de uma frase de camiseta de militantes de determinado grupo político que diz: “Lugar de Mulher é na Política.” Pra mim lugar de mulher é o lugar onde ela quiser estar.

Sei que não disse muita coisa, mas são apenas pontos de interrogação. Essas questões tocadas serão tratadas mais profundamente em futuras postagens.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Conversas de Ônibus - Carnaval

De manhã, ônibus lotado, escuto um passageira falando sobre o carnaval: da pouca vergonha da baixaria, que as pessoas(principalmente Mulheres) usam como desculpa para se prostituir. “Porque é uma prostituição. É no carnaval que as máscaras caem. Você precisa ver uma menina que trabalhava no Banco Y, era toda distinta, encontrei no carnaval estava irreconhecível: uma prostituta.”

De noite, ônibus lotado, dois jovens psicólogos conversam:

ELA: Você sai no carnaval? Não gosta da baixaria?!

ELE: Não, não sou muito fã. E você?

ELA: pois, eu adoro uma baixaria, fico irreconhecível, mas tem um problema, um paciente me disse que iria sair, daí acho que não vou sair mais.

ELE: Que bobagem, se a gente for pensar assim a gente não vai sair de casa.

ELA: Mas eu fico na baixaria mesmo, teria que ficar me controlando.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Relacionamentos

Lendo o blog “Eu quero crer…” me deparo com uma questão muito corriqueira e que a maioria das pessoas teima em ver pelo lado negativo da coisa; ou por falta de entendimento conceitual ou por puro preconceito mesmo.
Discordo com essa idéia de “ficar” é uma desculpa para não se preocupar com outro. Ficar é não ter obrigações de namorados, o que seria dar satisfações do que faz e do que deixou de fazer, é ter uma abertura para novas possibilidades amorosas e sexuais que os namoros não propiciam, por que impõe uma farsa como condição primordial: a fidelidade.
Dizer que jovem só quer curtição é prematuro, e preconceituoso, por que todo mundo busca uma relação estável. Mas o tipo de relação é que deve ser repensado. Ter muitos ficantes não significa não estar envolvido, e vi e vivi relações intensas entre pessoas que nunca chagaram a se chamar de namorados, mas se gostaram e se respeitaram enquanto estiveram juntas. Quem não se preocupa com o próximo não fará isso nem namorando, nem casado.