quinta-feira, 17 de março de 2011

No dia 08 de Março, dia Internacional das Mulheres, me perguntei o que há para se comemorar, e não encontrei. Não encontrei algo substancial para dizer: “isso sim é uma vitória!”. Só quem é mulher sabe os processos de afirmação e negação diários que temos que passar. Afirmação para mostrar a capacidade que sempre foi duvidada e Negação de atitudes degradantes. (Falar sobre mulher para mim sempre foi, e será, muito difícil, mesmo sendo um tema de interesse acadêmico – talvez por mexer tanto comigo ao ponto de me fazer ficar adiando a escrita da monografia.)

Mas hoje, passada uma semana da data comemorativa, tenho frieza para reconhecer que as vitórias estão aí, e são justamente as vitórias diárias que nos dão a firmeza para continuar na briga por questões mais sérias; como a inserção em espaços de poder. É o dia-a-dia que dá fôlego para alçar novos voos.

Lendo um texto compartilhado por Mari no facebook, e o texto referenciado, publicado no Estadão, surgiram alguns questinamentos.

Desculpem-me as feministas de plantão, mas discordei de uma serie de coisas. Não sou a pessoa mais bem inteirada sobre a questão feminista contudo tenho me empenhado em estudar um pouco mais a historia do movimento, e muito das minhas discordâncias estão fundamentadas nestes estudo pré-eliminares. (O que é Feminismo e A Breve Historia do Feminismo no Brasil).



Primeiro: não podemos dizer que os desafios mudaram, eles continuam, basicamente, os mesmos desde o inicio do movimento: equiparação salarial, luta por creches, violência domestica, ABORTO, etc...

Segundo: Por que prostituta não pode gostar de ser prostituta? Só por que aluga o corpo? Se eu já pensava isso depois que li a Autobiografia de Gabriela Leite: Filha, Mãe, Avó e Puta, tenho hoje subsídios para aprofundar minha hipótese – mas isso é assunto para outro post. Acho problema se tem uma outra pessoa explorando o trabalhado dela, como acho em qualquer outro emprego onde exista mais valia.

E concordo num ponto: que temos que esquecer essa historia de ficarmos parecidas com os homens pelo contrario temos que ser respeitadas pelas diferenças por isso que muitas vezes acho impositivo que as mulheres tenham que ocupar espaços de decisão, é necessário antes de tudo que elas queiram estar lá. Por isso discordo de uma frase de camiseta de militantes de determinado grupo político que diz: “Lugar de Mulher é na Política.” Pra mim lugar de mulher é o lugar onde ela quiser estar.

Sei que não disse muita coisa, mas são apenas pontos de interrogação. Essas questões tocadas serão tratadas mais profundamente em futuras postagens.

3 comentários:

  1. Massa, Carol!!
    Valeu a espera.

    Concordo especialmente com a frase: "lugar de mulher é onde ela quiser estar".

    Esse é mesmo um tema difícil e que não precisa mais ser tratado com tanta delicadeza. Porque a vida não tem sido delicada conosco.

    Mas vejo progressos. Hoje sabemos mais, discutimos mais. Nossa luta está mais qualificada, mas nossas demandas continuam as mesmas. Parece que mudam as pessoas e permanecem os ideais... até quando???

    xeros,

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  2. "Pra mim" também "lugar de mulher é o lugar onde ela quiser estar".

    lendo a vida de diversas mulheres nos blogs da vida, descobri que existe mulher que faz a opção de sair do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, da casa e do marido.

    se esta é a opção dela e se a faz feliz, se proporciona uma melhor educação para os filhos, como questionar se este movimento é um passo atrás na luta?

    cada pessoa (mulher ou homem) deve estar, ser, fazer, onde/o que bem entender! os contratos devem estar claros o bastante para cada qual tomar as suas decisões/atitudes.

    beijoca

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  3. Bom de refletir... quero ver as proximas postagens logo.
    bjocas

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